Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno nas eleições de 2022, com vantagem numéricamente apertada em uma disputa acirrada, o Brasil escolheu o seu presidente pelos próximos 4 anos.
É a primeira vez, desde a redemocratização do país, em que um presidente não consegue se reeleger.
Com um congresso onde o PL (partido do atual presidente) tem a maior bancada tanto na câmara dos deputados quanto no senado, parece que o presidente eleito terá que articular mais do que nunca para por em prática suas promessas de campanha, dentre elas está a segurança jurídica do modelo Zona Franca.
Temos parlamentares novos na bancada federal do Amazonas, a reeleição de Omar Aziz ao senado federal e uma agenda legislativa extensa acompanhada pelas organizações industriais, por outro lado temos Arthur Lira, presidente da Câmara que, sabidamente, defendeu ponto a ponto a agenda bolsonarista nos ultimos anos de governo, deixa a mensagem de que o dialogo com a casa deve ser mantido.
Nos governos estaduais temos Wilson Lima, apoiador de Jair Bolsonaro, garantiu sua reeleição ao governo do estado do Amazonas vencendo a disputa no segundo turno com Eduardo Braga (que agora continua seu trabalho como senador pelo Amazonas) e a eleição de Tarcísio Freitas ao governo de São Paulo, ex-ministro e da base política do atual presidente, deve cumprir o que foi negociado com o apoiador Rodrigo Garcia (atual governador) e este terá parte do secretariado de acordo com as exigências feitas.
Isso quer dizer que o Amazonas, ao que tudo indica, continuará em um cenário que promete render muitos entraves à Zona Franca de Manaus, principalmente no que diz respeito às anulações dos créditos de ICMS pelo estado de São Paulo.
Restam pendentes, ainda, as demandas judiciais no STF sobre a redução de alíquota do IPI. Essas reduções ainda contemplam produtos fabricados na Zona franca de Manaus com impacto de 2 a 5 bilhões de reais no faturamento das empresas estabelecidas no PIM e o fim dessa discussão ainda é incerto.
