A escolha do cargo para chefiar a Suframa passa pelo MDIC de Geraldo Alckmin.
Muito se fala nas últimas semanas sobre quem poderia assumir a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Já passamos por diversos nomes, desde a especulação pelo retorno de Thomaz Nogueira até Marcelo Ramos ou José Ricardo.
Vamos partir do princípio de que com o novo governo as gestões de autarquias e institutos subordinados ao governo central mudam, é um movimento normal na política e na forma de administrar.
O último governo trouxe por exemplo o Cel. Menezes, que na minha opinião não agregou em nada para o modelo nem para a autarquia e em momentos importantes se posicionou contra o próprio Estado, diferentemente do seu sucessor o Gen. Polsin, que apesar do seu perfil militar trouxe movimentos interessantes na gestão.
O primeiro nome a ser especulado foi o de Thomaz Nogueira, tributarista, ex-secretario da SEFAZ/AM, do SEDECTI e ex-superintendente da SUFRAMA, que, ao ver de muitos, seria um bom nome pois durante sua administração trouxe vários resultados interessantes para o PIM como era de se esperar de uma pessoa bem experimentada como ele, no entanto, declarou nas redes sociais que não tem essa pretensão.


Já Marcelo Ramos, bem…


Por fim, sobraram dois nomes que têm aparecido muito em torno desse assunto, um é o Serafim Corrêa (PSB) e o outro é o José Ricardo (PT).


José Ricardo é Advogado e Economista, foi industriário do PIM, Professor universitário, atualmente está finalizando sua legislatura na Câmara dos Deputados em Brasília, correligionário do Presidente, têm-se ouvido e visto que busca dialogar com as entidades e ter o apoio necessário para que possa adentrar à Superintendência, inclusive alguns jornalistas tem pontuado que um Petista pode assumir o cargo.
Já Serafim Corrêa, que está finalizando sua legislatura na ALE/AM, é economista, advogado, foi auditor fiscal, Professor da Escola de Administração Fazendária (ESAF), membro do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, presidiu o Conselho Regional de Economia, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) e integrou o Sindicato dos Economistas. Com vasto conhecimento técnico e político sobre Amazonas e ZFM, foi prefeito, vereador e é correligionário de Alckmin.
Em novembro participei de um podcast na Band News Difusora, em que um dos participantes era o Serafim, sempre com seu tom professoral e extremamente técnico, aos 75 anos de idade mostra toda a experiencia de quem viu e viveu várias fases da política amazonense trazendo na bagagem a necessidade que o Amazonas tem de obras estruturantes para escoamento de mercadorias, o investimento que necessário em telecomunicações que também é fundamental não apenas para a industria e comércio, mas também para o turismo e outros serviços.
Sorte a nossa temos duas pessoas técnicas que conhecem bem os mecanismos e os processos por dentro do PIM e que têm uma bagagem política para fazê-lo.
Paralelo a isso temos Alckmin, que já vem dando sinais de que fortalecerá a Suframa e o Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA. É que, de acordo com seu discurso e movimentos, o MDIC (ministério que vai gerir a Suframa) seguirá a pauta ambiental e negócios sustentáveis.
Entretanto, se um destes dois nomes estiverem realmente na ponta da caneta ministerial, a pesar do perfil aguerrido do José Ricardo, acredito que para o momento de união e reconstrução (mote usado pelo atual governo e reforçado pelo vice-presidente e Ministro do MDIC), o tom professoral do experiente Serafim pode ser a chave mestra para as mudanças e avanços que tanto necessitamos.