Conforme a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial de Manaus (PIM) fechou o ano de 2022, com um faturamento de 33.97 bilhões, quando calculado em dólar e 174,10 bilhões, quando calculado em reais. A previsão da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), apresentada antes do final do período anualizado, está muito próxima ao resultado apurado pelas informações prestadas pelas empresas à Suframa.
Nossa previsão era de US$ 34.71 bilhões, aproximadamente 2,17% superior ao apurado, enquanto em real, prevíamos R$179,83 bilhões, superior aproximadamente 3,29% ao resultado divulgado. São estimativas muito próximas da realidade, visto que apresentam diferenças bem pequenas em termos percentuais. Caso não houvesse a crise provocada pela redução da alíquota do IPI e as oscilações da demanda, provavelmente os resultados alcançados estariam mais próximos das nossas previsões. É comprovada mais uma vez a solidez do projeto de desenvolvimento Zona Franca de Manaus (ZFM) que permitiu, em plena floresta Amazônica, a criação de um sofisticado parque industrial que contribuiu para conter, agora e ao longo dos anos de sua existência, a expansão do desmatamento, bem como foi base principal para a crescente arrecadação federal e estadual no Amazonas, e da arrecadação municipal de Manaus.
São fatos irrefutáveis que não podem ser olvidados nas discussões sobre a reforma tributária nas propostas submetidas ao exame minucioso do Congresso Nacional e que, efetivamente, até o momento, não contemplam os interesses da Amazônia Ocidental.
Repetimos, a ZFM é um projeto de integração regional que criou um conjunto de mecanismos especiais de incentivos à atividade econômica da Amazônia Ocidental, promovendo a produção e o desenvolvimento da avançada tecnologia local e que torna esse projeto um dos mais importantes centros produtivos da América Latina, por isso, tem que ser olhado com muita atenção para que continue a cumprir seu papel relevante para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Confiamos na competência dos nossos representantes no Congresso, para demonstrar que a ZFM atende aos interesses do país, sendo importante para o crescimento do Brasil como um todo. A ZFM, a despeito de ter sido prorrogada até 2073, se não compreendida sua essencialidade nas discussões sobre a reforma tributária, perderá todo o capital intelectual, financeiro e físico, investido durante sua existência, assim como a sua competitividade econômica e capacidade de atrair investimentos e gerar empregos. Será necessária, como já falamos e repetimos, a participação, o engajamento e o com prometimento de todos, no sentido de demonstrar para os parlamentares de todo o Brasil e principalmente da Amazônia, que a manutenção da ZFM é fundamental para os objetivos a serem alcançados, no que diz respeito ao crescimento social e econômico, ao combate das ilegalidades perpetradas contra o meio ambiente e até para a integridade territorial brasileira.
Por: Antônio Silva – administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
Fonte: Jornal Acrítica